DANIEL KAHNEMAN (1934-)

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Prêmio Nobel 2002

Daniel Kahneman ganhou o prêmio Nobel "por ter integrado os avanços da pesquisa psicológica na ciência econômica, especialmente no que se refere ao juízo humano e à adoção de decisões em condições de incerteza".
Kahneman afirma que quando elegemos, nem sempre o fazemos objetivamente. Mediante estudos experimentais, demonstrou que tais faltas de objetividade tendem a seguir padrões regulares que admitem uma descrição matemática. 
Em seu artigo "teoria da prospecção", publicado na Econometrica em março de 1979, realizou uma profunda crítica à teoria da utilidade como modelo da adoção de decisões sob risco. Em geral, os indivíduos subestimam os resultados que só são prováveis em comparação com outros obtidos com segurança. Esta tendência, que chama "efeito certeza", contribui para a aversão ao risco em escolhas que implicam ganhos seguros, e para a preferência pelo risco em escolhas que implicam perdas certas. Sinalizou também para o que chamou de "efeito isolamento": as pessoas tendem a ignorar componentes que são compartilhados por todas as alternativas, motivo pelo qual surgem inconsistências nas preferências quando a mesma escolha é apresentada de forma diferente.
As ponderações utilizadas para decidir são geralmente inferiores às probabilidades correspondentes, exceto no leque de probabilidades muito baixas. A superestimação das probabilidades baixas permite explicar o atrativo dos jogos de azar e dos seguros. 
Nascido em Tel Aviv, Kahneman tem dupla cidadania, norte-americana e israelense. Atualmente, trabalha no Center for Rationality, da Universidade Hebréia em Jerusalém. Além disso, também foi professor de Psicologia da Princeton University, da Universidade de Califórnia em Berkeley (1986-1994) e da University of British Columbia (1978-1986).